terça-feira, 30 de julho de 2013

Quatorze Dores de Alma

por Marina Mentz

Coloquei doze corações no prato e fui comendo um a um, sem mesmo cortá-los. Mastigava-os com voracidade - um dois - e deleite, transformando em algo manifesto - seis sete - meu paradoxo.

Quando, em súbita decisão pensei: “Perdeu A Graça”, todas as luzes – três - e utensílios dependentes de energia elétrica – cinco - apagaram. Dentro de minha boca o coração começou a bater. Nove memórias assaltaram minha mente, que, confusa, buscava decidir se eram todas as coisas que haviam perdido a graça ou se apenas eu é que tinha mesmo me perdido. 

Foram dois minutos de trâmite.

A mente decidiu, a luz voltou, o coração morreu.

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