sábado, 3 de agosto de 2013

Talking Heads

por Zé Joker


começo procurando as coisas que não me levarão a algum lugar, quero dizer, não importa o que eles dizem,
dar um salto pra fora da roda-gigante-maquinário-de-que-isso-me-serve?
tudo aquilo que me leva pra não sei onde e que me incita o desejo de ficar, de estar, de fazer exatamente aquilo que estiver fazendo espelho onda quebrar e falta de córnea
então eu me peguei, digo me peguei porque havia mesmo uma imagem de mim mesmo fora de mim mesmo olhando pra mim, e daí do suco esquizofreio, pera aí, reconheci um jeito de espalitar os dentes, mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo naquela hora, escorado na porta da sacada, olhando nuvens gasificarem rosa e eu inventando títulos pra cenas que existem mas não foram feitas ainda, da única maneira de agarrar o céu,  exatamente como meu pai palitava os dentes, eu quebrando barreiras e padrões, fazendo diferente do velho
e pá, aquilo que meus neuronio-espelho aprendero sem minha
cabeça macaca quadrada
então eu pensei que precisava escrever e eu pensei que escrever poderia ser usado mesmo como escrita pra alguém ler e então eu desisti, e comecei.
Dos sentimentos proveninentes da beleza efemera
silhueta
start making noise
stop making sense

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